LIÇÃO 7. 14 de fevereiro de 2010.
PAULO, UM MODELO DE LÍDER-SERVIDORNem mesmo o cristão está imune a este mal. Aliás, muito comumente eles são as maiores vítimas de tais sentimentos. É comum, por exemplo, ver o nobre desejo de servir, se converter – com o passo dos anos – em uma neurose eclesiástica onde o indivíduo sente-se na obrigação de produzir sempre e em maior escala, para sentir-se em paz consigo mesmo. Nesse ponto, o serviço cristão deixa de ser uma benção e se transforma em alimento para o ego inchado do crente. O mesmo acontece com pregadores, cantores e ouvintes; do dia pra noite percebe-se que aquele belo sermão não foi motivado pelo desejo de servir à grei, mas pela vaidade do pregador amante dos holofotes.
TEXTO AÚREO2 Coríntios 6:1 E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus VERDADE PRÁTICAO líder-servidor não age egoisticamente, antes serve ao povo de Deus com espírito voluntário e solícito.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE2 Coríntios 6.1-10E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus
(porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação);
não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado.
Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias,
nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,
na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido,
na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas;
por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros;
como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos;
entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.
INTERAÇÃO Muitos querem exercer liderança, mas poucos querem servir ao Mestre e a sua igreja. Jesus é o nosso exemplo de líder-servidor. (Mt 20.26-28). Mesmo sofrendo retaliação e rejeição de alguns, Paulo amou, liderou e serviu a igreja em Corinto.
INTRODUÇÃO Paulo ainda continua sua defesa.
Sua liderança é demonstrada em serviço, e ele até se identifica em algumas de suas cartas como “servo” (Rm 1.1). Seu modelo de líder servidor era o próprio Jesus.
I.PAULO SE IDENTIFICA COMO SERVIDOR DE CRISTO (6.1,2)
1. Paulo se descreve como cooperador de Deus no ministério da reconciliação (v.1) Quando Paulo usa o plural e “nós, cooperando também com ele”, refere-se ao Senhor Jesus que realizou a obra expiatória, pois o Pai o “fez pecado por nos” (5.21).
Ao tornar conhecida a obra da redenção, Paulo afirma que estamos cooperando com Jesus Cristo. Deus não depende de ninguém, mas Ele deseja uma relação de comunhão e serviço com o homem.
2. Paulo, um modelo de líder-servidor. O serviço é a postura ideal para quem deseja liderar. (Mt 20.26-28). O apóstolo dedicou sua vida como um líder-servidor. Ele procurou imitar o Mestre em tudo.
3. Paulo desperta os coríntios para a chegada do tempo aceitável” (2). O dia da salvação é hoje. O tempo aceitável por Deus e pelos homens é agora, e todos podem participar livremente da reconciliação oferecida em Cristo.
A graça salvadora é para agora, porque este é o momento oportuno e sua aceitação.
II. A ABNEGAÇÃO DE UM LÍDER-SERVIDOR (6.3-10).1. O cuidado de um líder-servidor. O líder na igreja de Cristo precisa estar pronto para enfrentar as dificuldades.
“não dando nós escândalo em coisa alguma” (v.3).
2. Experiências de um líder-servidor (vv.4-6). 3. Os elementos da graça que o sustentaram nestas experiências (vv.7-10)................................
A vida de um apóstolo. Paulo ainda está defendendo o caráter do seu ministério do ponto de vista da sua conduta e das suas experiências como um embaixador de Cristo.
O pensamento de
5.20 se conclui quando Paulo, com base na sua mensagem (5.21), exorta urgentemente os fracos crentes coríntios a não receberem A
GRAÇA DE DEUS EM VÃO (6.1). O seu medo é que ele não permitam que a salvação de Deus em Cristo realmente produza o fruto desejado de um caminhar santo – uma vida que responda adequadamente à morte de Cristo
(5.14-15), e que possa enfrentar o juízo sem ter do que se envergonhar. Assim, eles são instigados a não “abrir mão dele por nada”. Paulo faz o seu apelo aos que estão
COOPERANDO COM DEUS. o apóstolo é muito cauteloso ao falar de Deus e do homem como trabalhando juntos. “Ele sugere que seria mais verdadeiro para o pensamento de Paulo dizer que todo trabalho humano real é um trabalho de Deus, do que dizer que Deus e o homem trabalham juntos”. Isto está de acordo com a declaração de
Isaias 26.12 – “Senhor... Tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras”. A ação salvífica final de Deus está tendo lugar no presente; as últimas coisas não são mais um evento distante.
A exortação de Paulo e dos seus colaboradores não é incoerente com a qualidade das suas vidas.
DANDO(3) E TORNANDO-NOS (4). A consciência do apóstolo está limpa, pois ele sempre procura “não dar escândalo em coisa alguma”, para que o seu ministério não seja censurado. Nenhuma causa real para a rejeição da sua mensagem pode ser encontrada na sua conduta.
Mas como os seus caluniadores coríntios aparentemente sentiram que a honra da indicação feita por Deus significava sucesso e proeminência, Paulo teve que ressaltar que até mesmo os seus sofrimentos eram demonstrações da autenticidade do seu apostolado. Em tudo – possivelmente em todas as ocasiões – Paulo e seus companheiros de trabalho se tornavam
RECOMENDÁVEIS COMO MINISTROS DE DEUS. Paulo recomenda o seu ministério, primeiramente, NA MUITA PACIÊNCIA (grande persistência).
Três grupos de provações. O primeiro, apresenta os sofrimentos de Paulo em termos gerais. Eles podem se referir àquelas dificuldades que são independentes o agente humano, e incluem
AFLIÇÕES, todas as experiências de pressão física, mental ou espiritual que talvez possam ser evitadas;
NECESSIDADES (privações) que não possam ser evitadas; e
ANGÚSTIADAS, das quais não é possível escapar.
O segundo especifica os sofrimentos em particular que são afligidos pelos homens. Paulo se esforça para recomendar a si mesmo como um servo fiel de Deus, “mostrando a suprema paciência entre”
AÇOITES, PRISÕES E TULMUTOS. O terceiro consiste daquelas disciplinas que ele impôs a si mesmo para a proteção da sua missão:
NOS TRABALHOS, NAS VIGÍLIAS, NOS JEJUNS. O grande apóstolo, para o bem do evangelho frequentemente 1)se cansava até o ponto da exaustão. 2) diminuía as suas horas de descanso para dedicar mais tempo ai ministério da Palavra e à oração, e 3) negligenciava as suas refeições quando o trabalho era urgente.
Tendo concluído com as nove condições que indicam a esfera da persistência. Ele enumera nove características espirituais, coordenadas com a virtude da PUREZA, que Deus o capacitou a demonstrar como um ministro de Cristo (
6-7). O apóstolo manteve pura a sua vida e os motivos verdadeiros. Ele possuía a CIÊNCIA do que Deus tinha feito em Jesus Cristo tanto na sua própria vida quanto nas suas implicações para todos os homens. Ele tinha a LONGANIMIDADE, em que poderia suportar os ferimentos, os insultos, a teimosia e a estupidez das pessoas sem ira nem vingança
(Cl 3.2) ele era complacentemente bondoso e tolerante nas suas relações com tais pessoas. O fruto básico do Espírito, que é o AMOR genuíno, reflete a própria atitude de Cristo na vida do apóstolo.
A
PALAVRA DA VERDADE se refere à proclamação que Paulo faz da verdade do evangelho. Tudo isto ele fez no
PODER DE DEUS. Com uma mudança nas preposições Paulo afirma que as suas armas fazem parte da armadura “que a divina justiça provê”. Dos recursos do seu relacionamento com Deus ele está plenamente equipado tanto com armas ofensivas quanto defensivas. Pois à sua
DIREITA ele tem a espada do Espírito
(Ef 6.17), e à sua
ESQUERDA, “o escudo da fé”
(Ef 6.16). A seguir vem uma lista de nove condições contrastantes que Paulo sofre com alegria pelo bem o seu chamado, experiÊncias opostas em Cristo que ele relaciona na carta. O mesmo paradoxo de humilhação e glória que caracterizou a carreira de Jesus é parte integrante do ministério de Paulo.
POR HONRA E DESONRA,
POR INFÂMIA E POR BOA FAMA,
COMO ENGANADORES E SENDO VERDADEIROS
COMO DESCONHECIDOS, MAS SENDO BEM CONHECIDOS; (O PESSOAL DAQUELA ÉPOCA QUERIAM FAZER O APÓSTOLO COMO DESCONHECIDO, MAS FAZ MAIS OU MENOS 2000 ANOS QUE SE FALA NELE).Os últimos cinco pares era um estado de coisas determinadas pela crucificação e ressurreição, e pela posição subordinada deliberadamente assumida pelo Cristo exaltado.
COMO MORRENDO E EIS QUE VIVEMOS;
COMO CASTIGADOS E NÃO MORTOS;
COMO CONTRISTADOS, MAS SEMPRE ALEGRES;
COMO POBRES, MAS ENRIQUECENDO A MUITOS;
COMO NADA TENDO E POSSUINDO TUDO.O seu ministério é Deus verdadeiramente trabalhando na ação redentora do último dia, a qualidade da sua vida de serviço não impede a aceitação da graça de Deus. Antes, a vida de Paulo exibe aquela graça, ao suportar diversas provações, manifestando as verdadeiras características do novo homem em Cristo, através de um ministério que compartilha o paradoxo da própria vida de Jesus.
O seu ministério é primordialmente do Espírito, devido à obra do Espírito Santo, isto é possível porque tudo o que Paulo suporta por amor a Jesus é a morte de Jesus, que libera o Espírito Santo aos seus ouvintes – a vida ressurrecta de Jesus, da qual Paulo irá compartilhar plenamente no futuro.
ANTES, COMO MINISTROS DE DEUS, TORNANDO-NOS RECOMENDÁVEIS EM TUDO (6.4). Paulo está partindo de sua própria experiência para fornecer um esquema que capacitará o leitor a reconhecer um verdadeiro servo de Deus.
Conclusão: se quisermos servir ao senhor de coração, precisamos seguir todos os exemplos de Jesus, que é o modelo perfeito de Líder- Servidor.
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